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quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Sobre canteiros, sementes e flores... Ou apenas, a opinião alheia.


Sobre canteiros, sementes e flores...Ou apenas, a opinião alheia.


Observo sempre o quanto as pessoas sofrem, se magoam, muitas vezes se irritam com o que as outras pessoas dizem sobre elas. As opiniões e os palpites têm o poder de tirar do sério a mais calma das criaturas. Queremos  mudar a opinião do outro,  provar que não é bem assim, que não somos assim, que aquela opinião não corresponde com a nossa realidade. Enfim, enquanto podíamos viver outras histórias, ficamos ali, presos à opinião alheia, remoendo. Mas vivo um aprendizado que tem salvado os meus dias, tem me feito muito mais leve e feliz. E pensei  em uma analogia que me parece adequada para transmitir a forma como lido com as opiniões alheias.
Nossa vida é o nosso jardim, nós somos os responsáveis por cuidar e por selecionar  tudo que ali será plantando.  E temos dois grande canteiros,  os canteiros que irão definir como será o nosso jardim. Esses canteiros são o nosso mental, e o nosso emocional. E é aqui que primeiro plantamos as sementes que escolhemos, é aqui que elas crescem,  se fortificam, e faz o nosso jardim como ele é. Muitas vezes recebemos das pessoas próximas,  várias sementes, que elas julgam  adequadas para o nosso jardim.  São ofertas que as pessoas realmente acreditam que ficarão bem em nosso jardim. Mas como eu cuido do meu jardim, só eu posso escolher o que ali plantar e cultivar.  Não posso impedir que as outras pessoas me ofereçam sementes. Sementes que, de onde elas olham, parecem boas para o meu jardim. Mas só eu, que tenho a visão geral desse jardim, posso decidir isso.
É isso, eu sei a minha verdade, e  basta. Querer que o outro veja como eu, é perda de tempo.  Isso me desgastará, e enquanto perco o meu tempo explicando porque aquelas sementes não  me servem, o meu jardim está murchando, e essas sementes irão se fortalecendo, e invadindo meus principais canteiros...
O que devemos fazer então?  O que fazemos quando recebemos um presente, mesmo quando ele não é o que gostaríamos? Recebemos, com alegria, ou no mínimo, com respeito. Agradecemos por aquela semente. E  a guardamos em uma gaveta de coisas que não nos servem nesse momento. Sim, porque hoje aquela semente pode não servir agora, mas em algum momento pode nos ser útil. E em seguida voltamos a cuidar do nosso jardim, sem nos alterar. Sem mudar nossas emoções e pensamentos.
Há uma frase de Aristóteles  que  diz o seguinte: “ É característica de uma mente evoluída  ser capaz de considerar um pensamento sem o aceitar.” 

Cuide do seu jardim, cultive apenas aquilo que o fará mais forte e belo, tenha a sabedoria de identificar quais sementes lhe servem, e o não maltrate com sementes que não lhe são úteis. 

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Que mundo queremos?


Será que realmente queremos um mundo melhor? Será que estamos preparados para um mundo melhor?
Essa história da moça que fez aquela atrocidade com um cachorro me colocou no meio dessa reflexão.
Para mim é muito claro que essa pessoa nunca viveu o amor, ela talvez tenha vivido o medo,a dor,a fúria. E foi assim que ela aprendeu a resolver os problemas dela. "Talvez" ela não conheça os outros caminhos. "Talvez" ela esteja doente. É claro que ela é doente, se não da mente, mas da alma e do coração com certeza!
Por que foi mesmo que ela fez aquela crueldade com o cachorro? Ah! Sim, porque ele era diferente do que ela queria, porque ele errou. Assim ela se julgou no direito de torturá-lo, de fazer aquele bichinho sofrer.Com certeza existem outros caminhos, ela poderia doá-lo, ou buscar ajuda profissional, algum desses especialistas sobre educação de animais, ou tantas outras possibilidades. Mas não! O cachorro não fez as coisas como ela achava que devia ser, e isso a deixou furiosa. Ela usou essa fúria contra ele. Que horror!!!

Mas agora vamos à minha reflexão: Será que somos pessoas tão melhores do que essa mulher? Será que conhecemos os melhores caminhos para a educação e o aprendizado? Qual foi a nossa reação diante desses acontecimentos? O que desejamos fazer com aquele ser que também não agiu da forma como gostaríamos? Será que dessa forma mostramos para essa moça que existe amor no mundo? Será que esse caminhos de "queremos vingança" levará ela à uma reflexão? Ou apenas a fará sentir mais ódio dos animais, e também a fará ter certeza que quem erra merece um castigo na mesma medida do seu erro?

Teve uma coisa em particular que me chamou muito a atenção: e quanto à pessoa que estava filmando? Se eu visse uma pessoa fazer uma crueldade daquela com qualquer ser vivo jamais ficaria ali filmando, sem tomar nenhuma atitude. Fico pensando se essa pessoa se importasse verdadeiramente com aquele animal ela teria ido até a casa da vizinha e pedido para cuidar do cachorro. Ou será que foi melhor ter feito o filme até o final? Não dá para saber...

Sou cristã, acredito no amor ao próximo. É claro que é difícil amar plenamente uma pessoa que tem coragem de fazer essa crueldade, mas fico pensando: o que estamos fazendo é o melhor que podemos oferecer para mudar essa situação? Qual seria o conselho de Cristo para nós, os juízes? Ou ainda, será que Maria se orgulharia das incitações à violência que fizemos durante a raiva?

Que fique claro que não estou defendendo a criminosa, mas estou apenas querendo olhar mais para dentro de mim. E te convido a fazer o mesmo. Se queremos um mundo melhor, um mundo onde as pessoas se respeitem, precisamos abrandar essa fúria, refletir, e buscar novas possibilidades que nos levem à esse mundo melhor.

Essa é a parte mais difícil da transformação, reconhecer quem somos, ver nossas falhas e buscar mudar. Nem que seja só um pouquinho por dia. Vamos focar nossos olhares nas ações de amor!

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

O meu pequeno...



Ter filho é um desafio gigantesco. Sua vida muda em todos os detalhes. Toma novas forma. Seu olhar se transforma para sempre. Por isso quando alguém me diz que não tem certeza se quer ter um filho, eu sempre digo: "Então não tenha." Porque essa decisão vai te transformar de uma forma única.



Eu sou mãe de anjo de 4 anos. Todos os dias que vejo o brilho incandescente que emana do rosto do meu pequeno, eu agradeço e me emociono. Como pode caber tanto amor em mim? Um amor constante, crescente e infinito...



É claro que fico brava com ele, às vezes envergonhada por alguma traquinagem, mas o amor sempre está aqui.



Como esse amor me ensina! Eu que já mudava de opinião fácil, descubro que nada sabia. E me reivento para acompanhar a velocidade do seu mundo.



Me sinto pequena e frágil diante de tantas possibilidades de futuro para a vida dele, porque sei que hoje estou de alguma forma cultivando esse futuro. Mas por outro lado, existem momentos que me obrigam a crescer e ficar forte. Força essa que só pode vir do amor...



E meu pequeno é um mestre na arte de alimentar esse amor. Ele, mesmo que inconsciente, conhece bem a delicadeza da manutenção diária do amor. São carinhos que só eu entendo, segredinhos nossos, ou o mais escancarado "eu te amo", a toda hora. E assim sinto minhas defesas se desfazerem... Mas me defender de quê??? Se esse é o amor mais puro e verdadeiro que existe!



Sendo assim eu me entrego por inteira nesse papel que escolhi para minha vida: sou mãe!






Eu te pertenço filho!